Have you ever regretted something? Have you ever had an idea you thought it was a great one and then, it ended up being a disaster? Have you ever taken a last minute flight and payed a fortune for it?
Well, all of this happened to me last month when I thought being an au pair could be a good idea to stay longer in Australia. My accident in Bali changed my plans and returning to Sydney without a place to live, a job and not many dollars on my wallet was HARD. 🙁
Find out why a nanny job with payed accommodation, food and pocket money turned out to be (ONE of) my worst ideas ever. 😀
Isto de ser Au Pair tem muito que se lhe diga…
Estava eu empanada com isto da perna há mais de 1 mês quando decidi parar de viajar e voltar para Sidney. Uma queda que parecia ser simples (afinal não parti nada), tornou-se num 31 do caraças: ainda me lembro do médico me dizer que 5 dias depois devia estar boa. Hoje, quase 3 meses depois, ainda tenho dores!! Enfim… Com tantas aventuras e desventuras dos últimos 2 anos, talvez a vida me tenha colocado um pequeno travão…
Lá percebi que as opções que me restavam não eram muitas:ou voltava para Europa para tratar da minha perna ou ficava na Austrália e conseguia trabalho até o meu visto acabar – SIMMM: eu fui com um visto de um ano – AQUI mais detalhes sobre o assunto.
O problema é que quando nos resta menos de 3 meses de visto, tudo se torna MUTIO mais complicado. Pois, é!! Basicamente nenhuma empresa quer saber de nós porque somos um investimento a fundo perdido, afinal: “Que ganha a empresa connosco quando nos tem de pagar formação durante 1 semana (mais coisa menos coisa) e 3 meses depois temos de ir embora? NADA!”.
E, foi assim que me lembrei de procurar trabalhos como nanny. Há anos que a ideia pairava na minha cabeça e o deal de viver com uma família, deixar os miúdos na escola e ter o dia para mim parecia-me MUITO atrativo. E, de repente, tudo parecia encaixar:
- Nada de esforços físicos;
- Nada de despesas com renda, transportes e comida;
- E dinheiro de bolso para as minhas coisinhas.
Uma semana depois, já tinha contactado várias famílias e na semana seguinte já me tinha comprometido com uma. Aquilo que parecia a solução perfeita, rapidamente se tornou um desastre!
Na verdade, a minha paciência para crianças é pouca e aquilo que supostamente seria um part-time (dias livres para mim) rapidamente se demonstrou num full-time de mais de 35h. Amigos, eu começava com os miúdos às 7 da manhã e só às 7 da noite é que terminava.
Àquilo que seria levar e buscar as crianças à escola rapidamente se juntou: fazer o jantar para toda a família, cuidar da roupa, limpar casa, passear o cão… SIM, a mãe com a maior subtilidade dizia-me: Well, the washing machine just finished and I am already running late; “We” try to empty the dishwasher every morning; “We” usually wash the floor on Monday.
Sinceramente, comecei a ver a minha vida a andar para trás. Aquilo estava longe de ser um ótimo deal. Não pagava renda e tinha um dinheirinho mas o tempo para mim era pouco ou nenhum. Já para não falar que de um dia para o outro tinha virado dona de casa (que não era bem o meu sonho aos 26 anos)! 2 dias depois de ter começado falei com a mãe e a coisa descambou. Ela achava tudo normal e eu achava tudo ridiculamente anormal.
E pronto, a minha experiência de au pair acabou por não durar mais de 1 semana! – sim filhos, eu cá, quando vejo a coisa a correr mal não mastigo o assunto durante meses (isto na vida não há tempo a perder).
NÃO GOZEM COMIGO… Não pode sempre correr bem, não é verdade?
Depois de uma semana em que me senti literalmente uma m****… Enganada e explorada, cheguei a acordo com a família e vim-me embora. E em 2 dias.: Liguei à minha mãe a dizer que estava a pensar voltar a Portugal, comprei o bilhete, fiz as malas e disse até já à Austrália.
ATENÇÃO
Não se assustem!
Nem todas as famílias são iguais e tenho muitas amigas que tiveram experiências fantásticas como au pair em diferentes países. Aliás, eu acredito que trabalhar como au pair seja uma excelente opção para conhecer outro país, praticar outra língua e aprender mais sobre a cultura e tradições do país em questão.
O meu melhor conselho: definir BEM BEM todos os detalhes antes de aceitar viver com uma família e tomar conta de crianças.
CURIOSIDADES 1. O que é isso de ser au pair?
Basicamente é uma nanny (pessoa que toma conta de crianças) que vive com a família das crianças.
2. Onde encontraste a família?
No site www.aupairworld.com.
A inscrição é gratuita! Basta criar um perfil e contactar famílias que tenham o “perfil” que procuramos.
3. Como foi o contacto com a família?
Muito simples. Contactei a família pelo site e quando a família se demonstrou interessada em mim, contactei-os por telefone. Visitei a casa dias mais tarde e, posteriormente, vi os meninos 2 vezes antes de me mudar (tudo parecia perfeito ahahah).
4. Quantas crianças tinhas a teu cargo?
2! Uma menina de 4 anos e um menino de 6 anos.
5. É fácil lidar com crianças?
Depende da educação que os pais lhe dão. Depende da paciência de cada um. E das expectativas de cada um. Para mim, foi muito difícil, e daí ter percebido logo que aquilo não era para mim. Mas somos todos diferentes.
6. Quanto te pagavam?
$250 por semana, alojamento, comida e $20 para transportes.
Um desabafo daquilo que é viver pelo mundo. Nem sempre corre bem, nem sempre corre como queremos e muitas vezes está longe de ser perfeito como muitos imaginam.
E por aí? Contem-me peripécias menos boas que já vos aconteceram… Mandem-me boas energias, pff
Beijinho,
Daniela