Como eu pago as minhas viagens?

Olá Olá Olá,

Mas afinal como financiaste a tua viagem?

Fizeram-me esta pergunta tanta vez que FINALMENTE decidi escrever um artigo sobre o assunto. Não, eu não sou rica, não tenho papás riquinhos e também não tenho a profissão mais bem paga do mundo. Mas ainda assim, nada disso me impediu de viajar e conhecer o mundo.

Este artigo é uma mistura de experiência pessoal e conhecimentos básicos de Economia. Ora então vamos lá.

Viajei durante um longo período de tempo com as minhas economias. E como consegui poupar tanto? Poupando! Poupando! Poupando!

Primeiro, tenho de admitir que a minha Educação me ajudou muito a saber gerir o meu dinheiro. Por exemplo, eu comecei a receber a minha semanada quando tinha apenas 9 anos. Na altura recebia cerca de 10€ por semana e esse dinheiro tinha de chegar para almoçar 5 dias, comprar os meus bombons e pagar os meus passatempos. É um exemplo super simples mas que me ajudou muito na minha vida.

AGORA: DETALHES Vou dividir a minha vida em 2 momentos para ser mais fácil de explicar como poupei o meu dinheiro.

1. Contrato de trabalho temporário

Este período durou cerca de 2 anos e foi sem dúvida um dos mais difíceis da minha vida. Quando comecei: Não tinha experiência de trabalho (lembrem-se que comecei a trabalhar em Paris); Não sabia como funcionava o mercado de trabalho e; Não falava Francês. Sobrevivi mas foi duro para caraças!

Durante este período fiz 2 estágios que me pagavam não mais do que 460€ (ATENÇÃO: ninguém consegue encontrar casa em Paris a menos de 500€). De modo que tive de encontrar um segundo trabalho para conseguir fazer o meu estágio, ter casa e comer. Durante o dia melhorava os meus conhecimentos em Marketing e à noite ou aos fins-de-semana trabalhava em bares/ restaurantes. Foi difícil, principalmente, semanas antes de entregar a minha tese porque não dormia mais do que 4 horas por noite.

Acordar às 6h para melhorar o formato da tese e corrigir eventuais erros; Estagiar das 9h às 18h; Trabalhar num restaurante das 19h à 0h; Escrever mais páginas para a Tese até às 2h. Isto durou umas quantas semanas.

Naquela altura eu ganhava não muito mais do que 1000€ por mês entre o meu estágio, o meu trabalho e as gorjetas (o que não representa assim tanto em França tendo em conta que o salário mínimo é 1 150€ por mês). Contudo, mesmo neste momento eu poupava dinheiro.

Mas verdade ela dita que eu só trabalhava e dormia… Nem tempo tinha para gastar o dinheiro que ganhava.

2. Contrato de trabalho por tempo indeterminado

Aqui tudo muda! Ter um contrato indeterminado significa poder aproveitar mais a vida.

Na altura eu tinha um salário normal que entrava todos os meses; A minha empresa pagava o meu seguro de saúde; Tinha descontos em diversas actividades de lazer… 

Conseguia poupar uns bons trocos e mimar-me muito mais! E como?

 Numa “vida normal” existem 3 coisas principais onde gastamos o nosso dinheiro:
  1. Casa (renda ou crédito ao banco)
  2. Comida (supermercado, almoço diário…)/ Contas (transporte, impostos, água, luz, telefone)
  3. Lazer (viagens, saídas à noite, cinema, livros, restaurantes…)

Vejam os meus números:

As despesas fixas não devem passar os 50% a 60% (casa, contas e comida) do salário, caso contrário é mau sinal!

Ahhhh eu nunca tive carro logo aí é uma despesa a menos para mim.

Aqui podem ver uma realidade bastante diferente da maioria das pessoas. Eu na verdade gastava mais dinheiro em coisas que aprecio. Contudo, tenho de admitir que o meu apartamento não era fantástico. Vivi durante muito tempo num estúdio de 20 m² no 6° andar sem elevador que no Verão era um forno e no Inverno um frigorífico.

Na época eu não sabia muito bem o que fazer com o dinheiro… Talvez usá-lo para viajar; estudar; comprar uma casa. E pronto, depois lá decidi que queria viajar pelo mundo.  Hoje sei que valeu a pena pagar menos 200€ ou 300€ pelo meu estúdio.

Eu sei que nem todas as pessoas estão dispostas a este tipo de sacrifícios. Mais uma vez, depende do quanto uma pessoa quer as coisas.

Acho que agora já percebem melhor como fiz. Não há ciência nenhuma é apenas uma questão de organização e vontade de querer fazer algo. Digam-me se tiverem perguntas sobre este artigo.

Gostaram do artigo? Então fiquem por aqui porque proximamente vou falar de como “respeitar um orçamento em viagem” e “como evitar custos desnecessários”. Tenho a certeza que vão adorar.

Beijinho,

Daniela

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Partilha este aritgo

Artigos relacionados

Best of my blog in your inbox

20%

off

on merch