Não existe o momento certo para nos despedirmos de um trabalho e para viajarmos pelo mundo. Tudo depende da coragem e do entusiasmo de cada um. Viajar sozinho, conhecer pessoas novas todos os dias, ter os trocos contados e ainda assim desfrutar da viagem não é para todos.
Quando decidimos ser um cidadãos do mundo enfrentamos também a dura realidade de viver em todo o lado mas de não nos sentirmos em casa em lado nenhum (nem nas cidades onde nascemos ou vivemos). YEAP: Esta é a mais pura/ dura realidade.
A realidade de voltar a ver a tua família e amigos depois de uma longa viagem…
Voltar depois de uma longa viagem é sem dúvida dos momentos mais difíceis. Bem, as primeiras 2 semanas são fantásticas: vais beber café ou um copo com este e aquele; vais visitar toda a tua família e todos estão super contentes por te verem novamente; és mimada por todos –> É uma verdadeira festa.
MAS depois disso? Depois, não é fácil enfrentar a realidade de voltar a casa…
Na verdade, enquanto tu viajaste, os teus amigos conseguiram novos trabalhos, casas, rotinas, melhores salários… E TU: Tu viste nasceres do sol lindos, pôres-do-sol fantásticos, subiste a vulcões super difíceis e conquistaste partes do mundo que nem sabias que existiam.
Então quando as pessoas te perguntam: “E agora o que se segue?”; “Já começaste à procura de trabalho?”; “Então vais embora novamente ou não?” – Tu estás tipo…wtf? Pensar, planear e estruturar torna-se algo tremendamente difícil porque há meses que isso deixou de ser a tua realidade. E a única coisa que queres é gritar e dizer que não tens ideia NENHUMA do que vais fazer; A única coisa que queres é que as pessoas olhem para ti e vejam o quanto to mudaste/ o diferente que estás agora. E afinal não é bem isso que acontece.
Então e qual é a solução? Bem, eu não sei! Talvez, o tempo: afinal o tempo ajuda sempre a esquecer e passar a outra coisa, não é verdade?
Que levante a mão quem já viveu ou está a viver esta situação.
Não hesitem em contactar-me se tiverem alguma coisinha que queiram partilhar comigo.
Espero que tenham gostado deste artigo.
Beijinho,
Daniela