….Páginas do meu diário….
É sábado à noite e estou sentada na minha cama depois de passar todo inteiro na universidade. O meu cérebro quer explodir… Tenho dores de cabeça quase todos os dias desde que me mudei – tenho que admitir que há muitos anos que não fazia trabalhar tanto a massa cinzenta . Voltar para a escola é um desafio incrível depois de tantos anos a trabalhar num escritório.
Mas sabem o que, percebi que o pior nem é a mudança de rotina/ hábitos mas sim: aguentar com o meu EGO. Depois de muitos anos a trabalhar e a ser tão independente, é tremendamente difícil entrar numa sala de aula todos os dias com pessoas mais jovens do que eu e apenas tentar entender o que eles chamam de “super básico”. Como mencionei na minha página, estudei ciências sociais e trabalhei cerca de 4 anos num ambiente onde todas as respostas estavam corretas, desde que fossem bem argumentadas. Escolher um mestrado totalmente diferente do “meu passado” tem sido uma experiência do caraças.
Porquê? Porque cada vez que entro numa sala, sei que tenho de trabalhar pelo menos 3 vezes mais do que os meus colegas para compensar as aulas de programação, calculo e alegra que nunca tive.
ESPEREM: Eu não estou a reclamar, estou apenas a tentar explicar como tem sido difícil para mim dizer:
“Eu não entendo”; “Eu tenho dificuldades…”
Quando toda gente à minha volta parece tão à vontade com cada matéria nova, cada aula nova.
CURIOSIDADE: a maioria das pessoas perguntam-me o que estou realmente a estudar. Eu já falei disto noutro post aqui no blog. Estou a fazer um mestrado em Análise de dados, Data Science. E o que é isso? (perguntam vocês)… Na realidade é apenas uma palavras COOOL para dizer que trato e analiso dados, noutras palavras, defino métodos para extrair informações de bases de dados.
E por aí, contem me já sentiram isto?…
Espero que tenham gostado deste artigo.
Beijinho,
Daniela