Faço 27 aninhos esta semana e acredito que a cada ano que passa menos e menos coisas me escapam. Tenho uma sede pela aventura que parece que nunca acaba e saber que há algo novo para experimentar; um novo lugar para visitar; uma nova pessoa para conhecer é o que me motiva a cada dia…
Hoje venho com um artigo LONGO mas diferente: um artigo com 26 coisas que aprendi nos últimos anos derivado das minhas experiências, das minhas viagens… 26 coisas que me têm ajudado a avançar e a alcançar os meus objetivos. Bora lá começar isto?
1. Parar de comparar-me aos outros
Quando cheguei à Austrália em 2017, estava à procura de trabalho e um dia, a amiga de um amigo perguntou-me:
– Que tal a procura de emprego?
– Não muito bem. Ainda sem nada! (disse envergonhada de mim mesma).
– Ahhh comigo foi fácil. Enviei CVs para todos os lugares e em 2 semanas consegui trabalho.
Aquilo fez-me sentir ainda pior! Naquele dia corri para o “colo” do meu amigo e, a chorar partilhei aquele sentimento de vergonha que sentia. Ele olhou para mim e disse-me algo que tento guardar até hoje:
– Stop comparing yourself, Dani! Acabaste de chegar, o Inglês não é a tua primeira língua e não conheces o mercado de trabalho. Tudo leva o seu tempo.
Portanto, se por aí esse mal também existe: Deixe-mo-nos de comparações. 😀
2. Afastar-me de pessoas tóxicas
Esta tem sido uma das coisas mais difíceis para mim e também uma na qual continua a trabalhar diariamente. É difícil entender quem é um bom amigo, quem é um bom namorado, quem é um bom parceiro… É difícil aceitar que algumas pessoas que gostamos muito (às vezes família outras vezes melhores amigos) SIMPLESMENTE não são uma boa influência nas nossas vidas. E quando assim é, afastar-mo-nos é a melhor solução.
3. Viver cada dia como se fosse o 1º da minha vida
Este ensinamento é particularmente difícil. Todos nós temos problemas e todos nós carregamos os nossos problemas dia após dia. No entanto, começar um novo dia sobrecarregado com os problemas do dia anterior é “MATAR” o novo dia. Comecemos fresquinhos porque só assim novas e melhores coisas virão.
4. Parar de culpar os meus pais
Os meus primeiros anos em Paris foram tão difíceis que ainda hoje não sei como encontrei tanta coragem e tanta força para batalhar sozinha. Tinha na época 20 anos! Os meus pais não tiveram lá para mim como eu queria mas isso não me impediu de alcançar os sonhos.
Foi quando deixei de gastar energia a culpabilizar os meus pais por aquilo que eles me tinham feito ou não que a minha vida mudou completamente.
5. Acreditar que tudo o que eu preciso está dentro de mim
Durante muitos anos pensei que precisava de uma mala cara para parecer mais bonita; Durante muitos anos pensei que precisava de um trabalho incrível para ter mais valor; Durante muitos meses (esta aprendi rápido) pensei que precisava de ter um namorado para se sentir mais completa.
Até percebi que tudo o que precisamos está SEMPRE dentro de nós (talvez bem lá no fundo escondido mas sempre dentro de nós).
6. Parar de tentar resolver os problemas dos outros
Felizmente tenho muitos amigos e familiares que me ligam para partilhar os seus problemas (como eu faço com eles). No passado, passava horas a comer-me a cabeça para tentar resolver os problemas dos outros. Até que aprendi que só nós próprios podemos solucionar as nossas coisinhas. Hoje, quando um amigo me diz: “Odeio o meu trabalho… Preciso de ajuda para encontrar um novo.”
Eu sou a primeira a dizer: Procura outro, criar laços com novas pessoas, faz uma formação. Quem procura encontra e quem quer tem.
7. Partilhar mais
Se há coisa triste neste mundo é ter muito e não desfrutar das coisas com outra pessoa (sejam amigos, companheiros…) Quando era pequena, lembro-me de odiar partilhar os meus brinquedos com outros meninos e obviamente que na minha vida adulta também sou um bocadinho assim. Perceber a beleza da partilha com o outro é das coisas mais simples, sinceras e gratificastes desta vida
8. Orgulhar-me de mim mesma
Já aprendi que sou o meu pior inimigo! Entre aquilo que os outros falam e aquilo que o meu subconsciente diz, fico eu perdida pelo meio. Ter orgulho em mim e nas minhas pequenas ações é algo que já percebi que tem IMENSA importância no desenrolar das nossas vidas. Podem não acreditar mas fiz-me muito amiga do espelho.
9. Ser mais humilde
Esta foi tão difícil. Porque é super importante orgulhar-se de si mesmo mas nunca passar o limite do arrogante e desrespeitoso com as pessoas. Eu fiz um longo caminho para entender a humildade mas hoje tenho muito mais consciência disto e da quantidade de portas que já se abriram desde que mudei um bocadinho a minha forma de ser.
10. Ouvir mais a minha intuição
Viajar pelo mundo deu-me uma das coisas mais poderosas: ouvir-me a mim mesma e acreditar nos meus sentidos e capacidades. No final do dia, nós sabemos sempre o que queremos e sentimos sempre (o quase sempre) as coisas.
11. Ser positiva
Esta é dura. Os meus 5 anos em Paris fizeram de mim uma pessoa mal disposta e com aqui típico feitio de quem reclama por tudo e por nada. Até que percebi que as minhas constantes lamentações não me levavam a nada. Agora digo sempre: coisas boas chamam outras coisas boas.
12. Enfrentar os meus medos
A última vez que enfrentei um medo que tinha, estava a conduzir uma mota em Bali… Desse medo saiu uma queda, muitas dores e uma cicatriz para a vida.
Portanto, enfrentem os vossos medos mas não seja totós como eu. Haha
Quando digo enfrentar medos falo de tentar sair da nossa zona de conforto e experimentar coisas novas com as quais não temos muito à vontade. Isso sim é o melhor do mundo.
13. Dizer NÃO às pessoas
Pode parecer difícil mas às vezes temos de ser egoístas e pensar um bocadinho mais em nós. Priorizar aquilo que queremos e Aprender a dizer Não é tão importante.
14. Aceitar que as opiniões dos outros são apenas as opiniões de outros
As pessoas podem matar os nossos sonhos sem se perceberem. Às vezes, um comentário desagradável pode afastar-nos de perseguir os nossos sonhos. E se não acreditam, então ouçam bem: criei o meu primeiro blog em 2011 (escrevi sobre ele AQUI) e enviei-o para vários amigos. O feedback que recebi sobre o blog na época não foi muito positivo. Aqueles comentários ficaram entranhados na minha memória durante anos e só 5 anos depois me voltei a sentar/ recriar um blog. Não se esqueçam: o mais importante é vocês acreditarem.
15. Parar de matar a minha rotina matinal com as redes sociais
No passado, mal acordava a primeira coisa que fazia era ligar o meu telemóvel e percorrer as redes sociais todas. No início deste ano mudei completamente este hábito (de vez em quando caí na tentação mas MUITO raramente). FOI uma das melhores decisões de sempre. Tomo o meu pequeno-almoço descansada, medito, leio, escrevo e só mais tarde me inundo com o alarido do mundo. Afinal como podemos viver plenamente as nossas vidas se em vez de nos focarmos em nós, acordamos e saltamos para a vida de outras pessoas?
16. Entender os meus momentos de ansiedade
Nos últimos anos, com as mudanças constantes, sofri de muitos momentos de ansiedade. Acredito que alcancei os meus maiores níveis de ansiedade quando estive à procura de trabalho na Austrália. Tive semanas de não conseguir dormir mais de 1 hora: horas e horas gastas a pensar e pensar. Ser capaz de associar certos dos meus comportamentos à ANSIEDADE ajudou muito. Meditar também me têm ajudado bastante (fica a dica).
17. Aceitar que todos falhamos
Em 2015 estudei para o GMAT durante 10 meses e falhei redondamente no exame. Essa estrada de 10 meses foi tão difícil que quase me levou a uma depressão. Falhar redondamente o exame pôs-me no fundo mas foi aquele momento DOWN que me “puxou”/ foi aquela falha que me motivou a deixar Paris e viajar para a América do Sul por 8 meses – Um dos períodos mais empolgantes da minha vida e uma das coisas de que mais me orgulho.
Os momentos de difíceis são também os que mais nos fazem crescer.
18. Parar de procurar respostas em lugares
Esta levou tempo mas aprendi: Parar de procurar por respostas em lugares. Quando decidi largar tudo para viajar, estava à procura de muitas respostas para a minha vida. Viajei por quase 1,5 anos e nenhuma das respostas que procurei ficaram respondidas. Porquê? Porque muitas vezes aquilo procuramos está dentro de nós (só precisamos “cavar” bem fundo).
19. Começar a tratar as pessoas de forma mais igualitária
Todos merecem uma chance e todos merecem ser tratados de igual forma, certo? Isto parece uma frase perfeita mas quantos de nós realmente o fazemos? POUCOS, eu diria. Não vou mentir e dizer que sou a pessoa perfeita… Aliás, eu sou daquelas que a pessoa ainda não abriu a boca e já a estou a julgar. Mas se há coisa que já aprendi foi a dar uma chance a todos. Às vezes temos BOAS surpresas.
20. Ser mais empática
Na maior parte do tempo, estou tão concentrada em mim que muitas vezes me esqueço dos outros e daquilo que se passa à minha volta. Colocar-me na pele do outro é TÃO difícil mas olhar para os problemas dos outros pode ajudar-nos a ser mais gratos em relação às nossas próprias vidas.
21. Aceitar o meu corpo
Levei anos para aceitar meu corpo completamente. Mais nova achava que não era alta o suficiente; Depois comecei a achar que os meus olhos não eram especiais o suficiente; E mais tarde, inventei-me mais não sei quantas histórias que me diziam que não era “fit” o suficiente… Com a idade acho que nos aceitamos melhor e começamos a ver as coisas de uma outra perspectiva. Afinal não é o fim do mundo se não temos 1,70m, temos outras coisas.
22. Aceitar que velhos amigos não são necessariamente amigos para a vida
Esta é muito difícil de aceitar, mas a verdade é: as pessoas mudam. Os nossos interesses mudam, aquilo que compartilhamos evolui e há amizades que sempre sobrevivem a isso. A solução? Simplesmente aceitar que talvez aquela pessoa com quem passámos HORAS e HORAS na nossa infância já não represente a mesma coisa para nós 20 anos mais tarde.
23. Reconhecer o poder dos meus pensamentos
Eu apaguei da minha vida expressões como estas: Eu sou muito pobre para fazer isso! Eu sou nova demais para começar um negócio! Eu não tenho experiência suficiente para…
Porquê? Porque é quando repetimos diariamente expressões como estas que o nosso cérebro começa a ficar bloqueado nestas informações: Eu sou pobre. Eu sou velha. Eu não sou suficiente…
Eu treino meu cérebro com pensamentos positivos todos os dias. E se não acreditam no poder dos pensamentos então oiçam isto: A última vez que pensei que tinha muita sorte e não merecia todas as coisas boas que a vida me proporcionava, estava no Equador. Nessa mesma noite que perguntava porque teria eu tanta sorte, 3 assaltantes roubaram todos os meus pertences. Coincidência?
24. Reconhecer que (as boas e as más) energias podem ser muito fortes
Eu acredito em energias e acredito que todos têm energias diferentes de acordo com seu estado de espírito e experiências de vida. As energias negativas podem afetar muito a vida e se não acreditam nisto, leiam os livros: Você pode curar a sua vida; Lei da atração. Mais uma vez: positivismo acima de tudo. : D
25. Seguir os meus sonhos
O dinheiro é apenas dinheiro, se fazemos algo que não gostamos. Já tive vários períodos down durante os quais simplesmente não conseguia explicar porque me sentia triste a toda a hora. Tudo mudou quando decidi seguir meus sonhos – Dos mais mais pequenos aos maiores.
26. Amar-me todos e cada dia
Só aprendi o quão é importante amar-me apenas há alguns meses atrás.
Numa tarde estava a falar com uma amiga e do outro lado do telefone ela disse-me: Daniela, tens de começar a amar-te mais. Para o teu blog crescer, mas especialmente por ti… Somente amar-te mais te permitirá de ser uma pessoa mais feliz.
Acredite em mim, DECIDIR AMAR-ME antes de qualquer coisa mudou minha maneira de ver a vida.
Eu simplesmente adoro esta frase e continuo a repeti-la vezes sem conta para mim mesma:
Eu estou exatamente onde preciso de estar
E por aí, se tivessem de falar de coisas que aprenderam na vida, do que falariam?
Beijinho,
Daniela